segunda-feira, 12 de setembro de 2016


O Gabão entrou, na sequência das eleições presidenciais do passado dia 27 de agosto, numa grave crise política que já provocou dezenas de mortos. 

É que tanto o candidato cessante, Ali Bongo, no poder há sete anos - e filho de Oumar Bongo que esteve no poder de 1967 a 2009 e que foi sucedido pelo filhos - como Jean Ping, ex-Presidente da Comissão da União Africana, reclamam a vitória e a diferença dos resultados é mínima a favor de Ali Bongo. Jean Ping afirma que se trata de fraude.

Entretanto desencadearam-se violências entre adeptos das  duas partes e os mortos já são numerosos. Face a isto o Papa francisco lançou neste domingo um convite à construção da paz na legalidade, diálogo e fraternidade.

“Caros irmãos e irmãs, gostaria de convidar a uma oração especial para o Gabão, que está a atravessar um momento de grave crise política. Confio ao Senhor as vítimas do recontros e os seus familiares. Associo-me aos Bispos daquele querido País africano, convidando as partes a recusar todas as formas de violência e a ter sempre como objectivo o bem comum. Encorajo todos, de modo particular os católicos, a ser construtores de paz no respeito da legalidade, no diálogo e na fraternidade”. 
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016


Joe Kovacs, membro dos Cavaleiros de Colombo, a maior organização leiga do mundo, ganhou uma medalha de prata na Olimpíada Rio 2016 após arremessar a bola de ferro a 21,78 metros.
O arremessador de 27 anos que foi campeão do mundo em Pequim no ano passado, foi treinado pela primeira vez no esporte pela sua mãe, Joanna, que o criou sozinha depois que o seu pai faleceu em 1997.
“Estudei em uma pequena escola católica chamada Belém Catholic High School, que não tinha uma pista ou instalações. Minha mãe se tornou minha treinadora de atletismo ao ver que não havia treinador de arremesso de peso e disco. Conhecia o arremesso de peso, depois de ter sido campeã em seu distrito quando era jovem”, disse Kovacs em diálogo com Columbia, revista dos Cavaleiros de Colombo.
Pouco tempo depois, Joanna encontrou um treinador com muitos conhecimentos para que Joe pudesse treinar para as competições.
“Tínhamos que viajar a Harrisburg (capital da Pensilvânia) todos os domingos depois da Missa e nos reuníamos com ele. Eu praticava e minha mãe ia aprender comigo. Aquilo realmente nos uniu e me ajudou muito no esporte”.
Em 2008, Kovacs conseguiu uma bolsa de atletismo da Universidade Estatal da Pensilvânia e se uniu aos Cavaleiros de Colombo como um membro do Conselho 4282 de Nossa Senhora do Sagrado Coração em Nazaré. Tempos depois, o arremessador se formou em negócios de energia e finanças.
A respeita da sua fé, Kovacs contou que junto com sua mãe começaram a frequentar a comunidade dos Missionários do Sagrado Coração quando era pequeno.
“Os missionários eram os sacerdotes da nossa paróquia e sua comunidade de retiro estava aproximadamente a 20 minutos da minha casa. Toda a comunidade de sacerdotes e irmãs desta região me ajudaram e também a minha família a sair do momento difícil quando perdi o meu pai. Eles me ajudaram a formar minha fé”, disse Kovacs.
Do mesmo modo, um dos sacerdotes, o Pe. Joe Gleixner, foi seu padrinho de Crisma. “Eu participava de uma grande quantidade de feiras de ciências no colégio e ele me ensinou como construir coisas. Construímos juntos um túnel de vento. Um dos sacerdotes também me ensinou a jogar golfe, assim aprendi a ter um bom swing”.
“Eles não eram somente exemplos, eram amigos, e considero que todos eles fazem parte da minha família”, acrescentou.
Ao explicar sobre sua decisão de se unir aos Cavaleiros de Colombo, disse: “Quando era pequeno, eu achava que eles eram os jovens geniais que carregavam espadas. Mas me aproximei dos Cavaleiros na igreja, porque eles sempre faziam voluntariado e organizavam os eventos.... Percebi que as pessoas que admirava e que eram meu exemplo faziam parte desta grande organização”.
Finalmente, Kovacs contou à Revista Columbia sobre seu amor à Igreja e seu caráter universal. “Cada vez que visito uma igreja de um país diferente, o formato da Missa é o mesmo. Pode acontecer que não saiba o que estão dizendo pois está em um idioma diferente, mas sei o que está acontecendo”.
“Na maioria dos países, só sei algumas palavras para poder comer, mas quando vou à igreja sei o que está acontecendo e posso participar da Missa”, concluiu.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016


Qual o significado da família? Pare e pense um instante para responder essa pergunta. O valor contido nessa instituição, um ambiente familiar, é imenso, incalculável. Isso nos remete aos nossos ancestrais: pais, avós e bisavós. Graças à união deles, à nossa árvore genealógica, estamos aqui para refletir e ter o coração grato ao nosso passado. Para este olhamos com gratidão; para o presente, com paixão, e contemplamos o futuro com esperança. Atento às necessidades do mundo atual, o Santo Padre acompanhou, com ternura de pai, a realização do Sínodo Ordinário dos Bispos sobre a Família até a sua conclusão. Depois de três semanas de trabalhos, o Papa ouviu atentamente as declarações dos cerca de trezentos participantes.
Com sabedoria e discernimento próprios, o primeiro Papa jesuíta da Igreja Católica apresentou seu discurso de conclusão. A palavra “significado” acompanhou cada parágrafo do documento. As três semanas de trabalho no Vaticano foram o ponto de chegada de um longo caminho percorrido por cristãos do mundo todo. Os debates deram demonstrações da vitalidade da Igreja Católica. Quase despercebido, no rodapé, um detalhe do discurso do Papa Francisco, disponível na internet, chama à atenção. Uma análise em forma de acróstico ajuda a resumir a missão da família na Igreja.
O significado de cada letra da palavra família
O texto original foi escrito em italiano, portanto, as iniciais são da palavrafamiglia:
Espaço onde se manifesta o amor divino
Formar as novas gerações para viverem seriamente o amor, não como pretensão individualista, baseada apenas no prazer e no «usa e joga fora», mas para acreditarem novamente no amor autêntico, fecundo e perpétuo, como único caminho para sair de si mesmo, para abrir-se ao outro, sair da solidão e viver a vontade de Deus, para realizar-se plenamente e compreender que o matrimônio é o «espaço onde se manifesta o amor divino, para defender a sacralidade da vida, de toda a vida, e defender a unidade e a indissolubilidade do vínculo conjugal como sinal da graça de Deus e da capacidade que o homem tem de amar seriamente» (Homilia na Missa de Abertura do Sínodo, 4 de Outubro de 2015); enfim, para valorizar os cursos pré-matrimoniais como oportunidade de aprofundar o sentido cristão do sacramento do matrimônio;
Aviar-se ao encontro dos outros, porque uma Igreja fechada em si mesma é morta; uma Igreja que não sai do seu aprisco para procurar, acolher e conduzir todos a Cristo atraiçoa a sua missão e vocação;
Manifestar e estender a misericórdia de Deus às famílias necessitadas, às pessoas abandonadas, aos idosos negligenciados, aos filhos feridos pela separação dos pais, às famílias pobres que lutam para sobreviver, aos pecadores que batem às nossas portas e àqueles que se mantêm longe, aos deficientes e a todos aqueles que se sentem feridos na alma e no corpo e aos casais dilacerados pela dor, doença, morte ou perseguição;
Iluminar as consciências, frequentemente rodeadas por dinâmicas nocivas e subtis
Iluminar as consciências, frequentemente rodeadas por dinâmicas nocivas e subtis, que procuram até se pôr no lugar de Deus Criador. Tais dinâmicas devem ser desmascaradas e combatidas no pleno respeito pela dignidade de cada pessoa; ganhar e reconstruir com humildade a confiança na Igreja, seriamente diminuída por causa da conduta e dos pecados dos seus próprios filhos. Infelizmente, o contratestemunho e os escândalos cometidos dentro da Igreja por alguns clérigos afetaram a sua credibilidade e obscureceram o fulgor da sua mensagem salvífica;
Labutar intensamente por apoiar e incentivar as famílias sãs, as famílias fiéis e numerosas que continuam, não obstante as suas fadigas diárias, a dar um grande testemunho de fidelidade aos ensinamentos da Igreja e aos mandamentos do Senhor;
Tirar do coração dos jovens o medo de assumir compromissos definitivos
Idear uma pastoral familiar renovada, que esteja baseada no Evangelho e respeite as diferenças culturais; uma pastoral capaz de transmitir a Boa Nova com linguagem atraente e jubilosa, tirar do coração dos jovens o medo de assumir compromissos definitivos; uma pastoral que preste uma atenção particular aos filhos que são as verdadeiras vítimas das lacerações familiares; uma pastoral inovadora que implemente uma preparação adequada para o sacramento do matrimônio e ponha termo a costumes vigentes, os quais, muitas vezes, preocupam-se mais com a aparência de uma formalidade do que com a educação para um compromisso que dure a vida inteira;
Amar incondicionalmente todas as famílias e, de modo particular, aquelas que atravessam um período de dificuldade. Nenhuma família deve sentir-se sozinha ou excluída do amor e do abraço da Igreja; o verdadeiro escândalo é o medo de amar e manifestar concretamente esse amor.
A Igreja não tem medo de abalar as consciências anestesiadas
O Santo Padre afirma que a Igreja “não tem medo de abalar as consciências anestesiadas ou sujar as mãos com discussões animadas e francas sobre a família”. Os bispos buscaram olhar e ler as realidades com os olhos de Deus, para acender e iluminar com a chama da fé os corações das pessoas numa época marcada por desânimo, crise social, econômica, moral e negativa. Corações fechados também foram observados, bem como tentativas de julgamento, com sinais de superioridade e superficialidade. No entanto, no caminho desse Sínodo prevaleceram livre expressão de opiniões e resultaram em um diálogo rico e animado, “proporcionando a imagem viva de uma Igreja que não usa «impressos prontos», mas que, da fonte inexaurível da sua fé, tira água viva para saciar os corações ressequidos”.
Por Rodrigo Luiz dos Santos (via Canção Nova)
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segunda-feira, 18 de julho de 2016

Domingo, 17 de julho – Angelus com o Papa Francisco na Praça de S. Pedro neste XVI Domingo do Tempo Comum. Desde logo, destaque para as palavras do Santo Padre sobre a tragédia de Nice em França na passada quinta-feira dia 14 de julho:
“Nos nossos corações é viva a dor pela tragédia que na noite de quinta-feira passada, em Nice, ceifou tantas vidas inocentes, e mesmo tantas crianças. Estou próximo a cada família e à inteira nação francesa em luto. Deus, Pai bom, acolha todas as vítimas na sua paz, apoie os feridos e conforte os familiares; Ele afaste cada projeto de terror e de morte, para que nenhum homem ouse versar o sangue do irmão. Um abraço fraterno e paterno a todos os habitantes de Nice e a toda a nação francesa.”
Comentando a passagem evangélica de Marta e Maria, proposta pela liturgia dominical, o Papa Francisco convidou os fiéis a construírem um mundo mais fraterno baseado no acolhimento e não na marginalização e na exclusão. As duas irmãs que acolhem em casa Jesus recordam-nos que a hospitalidade é “uma virtude humana e cristã”. Uma virtude que, no entanto, “no mundo de hoje arrisca de ser negligenciada” – afirmou o Santo Padre.
Francisco recordou que hoje apesar da existência de muitas “instituições que tratam muitas formas de doença, de solidão, de marginalização”, diminuiu a probabilidade de escuta de quem é “estrangeiro, refugiado, migrante”. No frenesim de tantos problemas – disse o Papa – “não temos tempo para escutar”:
“E eu gostaria de vos fazer uma pergunta e cada um de vós responda no seu próprio coração: ‘Tu marido tens tempo para escutar a tua mulher? E tu, mulher, tens tempo para escutar o teu marido? Vós pais tendes tempo para perder, para escutar os vossos filhos, os vossos avós, os vossos idosos?”
Nesta passagem evangélica – segundo o Santo Padre – é importante sublinhar que Marta, tomada pelas coisas que tinha que preparar “arrisca-se a esquecer a coisa mais importante, ou seja, a presença do convidado, que era Jesus neste caso”. Escutar é, portanto, uma palavra-chave que não devemos esquecer – afirmou o Papa que terminou o Angelus com a oração a Maria:
“A Virgem Maria, Mãe da escuta e do serviço cuidadoso, nos ensine a ser acolhedores e hospitaleiros com os nossos irmãos e as nossas irmãs”.
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domingo, 10 de julho de 2016


Domingo, 10 de julho – no Angelus na Praça de S. Pedro neste XV Domingo do Tempo Comum o Papa recordou a parábola do “bom samaritano” proposta pelo Evangelho de S. Lucas. Uma narrativa “simples e estimulante” – disse o Santo Padre – que nos indica um “estilo de vida” no qual no centro não estamos nós mas “os outros” “que encontramos no nosso caminho” e que “nos interpelam” – afirmou Francisco.
Um doutor da lei, a propósito do mandamento ‘amar a Deus com todo o coração e ao próximo como a ti mesmo’, pergunta a Jesus: “quem é o meu próximo” – recordou o Papa – e Jesus responde-lhe contando-lhe uma parábola na qual um homem na estrada de Jerusalém a Jericó foi assaltado, maltratado e abandonado. Passam por ele um sacerdote e um levita e seguem adiante. Depois um samaritano, ou seja, um habitante da Samaria que, como lembrou o Papa, eram desprezados pelos judeus, teve compaixão daquele homem ferido e “tomou conta dele”.
Um sacerdote, um levita e um samaritano: Jesus pergunta quem é que foi o próximo daquele homem ferido, e o doutor da lei responde que foi aquele que “teve compaixão” – disse o Santo Padre – e Jesus diz: “Vai e faz o mesmo”.
Segundo Francisco, esta frase de Jesus é para cada um de nós pois “depende de mim ser ou não ser próximo da pessoa que encontro e que tem necessidade de ajuda, mesmo que seja estranha ou até hostil”.
O Santo Padre afirmou ainda que “a atitude do bom samaritano é necessária para dar prova da nossa fé”.
Após a oração do Angelus Papa Francisco recordou o Domingo do Mar:
“Hoje ocorre o “Domingo do Mar” para apoio pastoral da gente do mar. Encorajo os marítimos e pescadores no nosso trabalho, muitas vezes duro e arriscado, como também os capelães e voluntários no seu precioso serviço. Maria, Estrela do Mar, vigia sobre vós.”
O Papa Francisco pediu aos fiéis para não se esquecerem de rezarem por ele e a todos desejou um bom domingo e um bom almoço.
(RS)
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quarta-feira, 6 de julho de 2016


Neste dia 6 de julho é celebrada a festa de Santa Maria Goretti, a menina de onze anos que foi morta com 14 facadas por resistir a um estupro e que, antes de sua morte, perdoou seu assassino. O Papa Pio XII a definiu como “pequena e doce mártir da pureza”.
Maria nasceu em 1890, em Corinaldo, província de Ancona, Itália. Era filha de Luigi Goretti e Assunta Carlini, sendo a terceira de sete filhos. No dia seguinte ao seu nascimento, foi batizada e consagrada à Virgem.
Sua família era pobre em bens materiais, mas rica de fé e virtudes que cultivavam com a oração comum, a recitação diária do Santo Rosário, a comunhão e a Missa dominical.
Quando tinha apenas 11 anos, foi apunhalada por Alessandro Serenelli ao resistir a ser violentada. Ela foi levada para o hospital e antes de morrer conseguiu receber a comunhão e unção dos enfermos. Partiu para a Casa do Pai em 6 de julho de 1902.
Quando Alessandro saiu da prisão, foi procurar a mãe de Maria, a menina que o tinha perdoado.
São João Paulo II, em 2003, ressaltou que “Marietta, assim era chamada familiarmente, recorda à juventude do terceiro milênio que a verdadeira felicidade exige coragem e espírito de sacrifício, rejeição de todo compromisso com o mal e disposição para pagar com a própria vida, mesmo com a morte, a fidelidade a Deus e aos seus Mandamentos”.
“Hoje exaltam-se, muitas vezes, o prazer, o egoísmo ou até a imoralidade, em nome de falsos ideais de liberdade e de felicidade. É preciso reafirmar com clareza que a pureza do coração e do corpo deve ser defendida, porque a castidade ‘guarda’ o amor autêntico”, acrescentou.
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terça-feira, 5 de julho de 2016


Cidade do Vaticano (RV) – “Hoje desejo falar de algo que entristece muito o meu coração: a guerra na Síria, que já entrou no seu quinto ano”.
Assim tem início a videomensagem (assista abaixo) do Papa Francisco no âmbito da campanha promovida pela Cáritas Internacional “Síria: a paz é possível”.
O Pontífice define como “indescritível” o sofrimento da população, obrigada a sobreviver sob as bombas ou a procurar caminhos de fuga para outros países ou para zonas da Síria menos atingidas pela guerra.
“Enquanto o povo sofre, gastam-se incríveis somas de dinheiro no fornecimento de armas aos que fazem a guerra”, denuncia Francisco, citando também o jogo duplo de alguns países, que ao mesmo tempo em que apelam à paz, fornecem armas.
Paz é possível
“Como podemos acreditar em alguém que nos faz carinho com a mão direita e nos golpeia com a esquerda?  Encorajo todos, adultos e jovens, a viver o Ano Santo da Misericórdia com entusiasmo para vencer a indiferença e proclamar com força que a paz na Síria é possível”, exorta o Papa
O convite do Pontífice é rezar pela paz no país em vigílias de oração, em iniciativas de sensibilização com  grupos, paróquias e comunidades. Francisco se dirige também aos que estão envolvidos nas negociações de paz para que levem a sério os acordos e façam um esforço concreto para facilitar o acesso à ajuda humanitária. "À oração, devem seguir as obras de paz."
Solução política
“Todos devemos reconhecer que não existe uma solução militar para a Síria: só uma solução política. Juntemos forças, em todos os níveis, para garantir que a paz na amada Síria seja possível. Isto será um grandioso exemplo de misericórdia e de amor para o bem de toda a comunidade internacional!”, conclui Francisco.
A Cáritas fornece alimentação, assistência de saúde, bens de primeira necessidade, instrução, refúgio, consultoria psicológica, proteção na Síria e nos países que abrigam refugiados. Somente no ano passado, as Cáritas nacionais levaram ajudas a 1,3 milhão de pessoas.
Para promover esta campanha, a Cáritas está lançando um novo portal no qual é possível acessar obras de arte, fotografias premiadas, um filme sobre a guerra, além de testemunhos de sírios que permaneceram no país e de refugiados.
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domingo, 3 de julho de 2016


Em Jesus, Deus reina no meio de nós, o seu amor misericordioso vence o pecado e a miséria humana. Este o tema de fundo da alocução do Papa Francisco, antes da oração mariana do Angelus na Praça de São Pedro. Ocasião em que comentou as páginas evangélicas deste domingo, centradas no Evangelho de São Lucas, e que nos fazem compreender – disse – quão necessário é invocar Deus para que mande operários para a sua messe, ou seja missionários do Reino de Deus para anunciar a mensagem de salvação, mensagem de esperança e consolação, de paz e de caridade. Missão em que Jesus recomendava sempre aos discípulos que começassem, ao entrar numa casa, por dizer “Paz a esta casa” e por “curar os doentes que ali se encontravam”. Sinal de que – continuou Francisco – o Reino de Deus “se constrói no dia a dia e dá já nesta terra os seus frutos de conversão, de purificação, de amor e de consolação aos homens. É coisa bela eh! Construir dia por dia este Reino de Deus que se vai construindo. Não destruir, construir”.
Com que espírito então o discípulo de Jesus deve desempenhar  esta missão? – interrogou o Papa. Antes de mais – respondeu – com a consciência de que a realidade que o espera é difícil, por vezes, mesmo hostil, a hostilidade que está sempre no início da perseguição dos cristãos. E Jesus foi claro quando disse aos apóstolos: “Mando-vos como cordeiros no meio de lobos”, porque sabia que a missão é dificultada pela obra do maligno.
Por isso, o operário do Evangelho se esforçará por ser livre de condicionamentos humanos de qualquer tipo, não levando consigo nem pastas, nem sacos, nem sandálias, como recomendou Jesus, por forma a estribar-se apenas na potencia da Cruz de Cristo. Isto significa abandonar todos os motivos de bazofarias pessoais e fazer-se, de modo humilde, instrumento da salvação concretizada pelo sacrifício de Jesus, morto e ressuscitado por nós”.
O Papa continuou dizendo que a missão do cristão no mundo é uma belíssima missão de que ninguém está excluído; é uma missão de serviço que requer muita generosidade e sobretudo um olhar e um coração orientados para o alto a fim de invocar a ajuda de Deus. Há hoje muita necessidade de cristãos que dêem testemunho do Evangelho com alegria – disse Francisco, referindo-se a homens, mulheres, sacerdotes, bons párocos que todos conhecemos, irmãs, consagradas, missionárias e missionários e lançou uma outra pergunta, insistindo para que o ouvissem com atenção:
Quantos de vós jovens que vos encontrais neste momento aqui na Praça, sentis a chamada do Senhor a segui-Lo? Não tenhais medo! Sede corajosos e levai aos outros esta chama do zelo apostólico que nos foi dada por estes discípulos exemplares”.
E o Papa rezou a Nossa Senhora para que não falte nunca na Igreja corações generosos que trabalhem para levar a todos o amor e a ternura do Pai celeste.
Depois da oração do Angelus, o Papa mostrou-se próximo dos familiares das vítimas e dos feridos nos atentados em Dacca e Bagdad e pediu para que rezassem juntos por eles, para os defuntos e pediu ao Senhor para converter os corações dos violentos cegos pelo ódio.
Avé Maria…
o Papa saudou depois diversos grupos de peregrinos vindos de várias partes da Itália e do mundo, entre os quais um grupo de Bragança-Miranda, em Portugal. Muitos desses grupos, vieram de longe, mesmo de Cracóvia, alguns a pé, outros a cavalo e de bicicleta. Saudou também um grupo de seus compatriotas “Cilezitos”, vindo da Argentina.
O Papa recordou seguidamente a solenidade de Santa Maria Goretti, no próxima dia 6:
No Ano Santo da Misericórdia tenho a peito recordar que quarta-feira próxima celebraremos a memória de Santa Maria Goretti, a menina mártir que antes de morrer perdoou o seu assassino. E esta menina corajosa merece um aplauso de toda a Praça, eh!
A todos o Papa saudou, com um “até nos vermos”, pedindo, como sempre oração para ele. 
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terça-feira, 7 de junho de 2016


A Igreja celebra a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado como símbolo do amor de Deus. No Calvário, o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (Jo 19,34). Diz a Liturgia que “aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrente de graças e de misericórdia”. Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus e seu Coração é o símbolo desse Amor. Por isso, encerrando um conjunto de grandes Festas que abrem a retomada do Tempo Comum após o Tempo Pascal (Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi), a liturgia nos leva a contemplar o Coração de Jesus.
O Sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós. É a expressão daquilo que São Paulo disse: “Eu vivi na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim” (Gl 2,20). É o convite a que cada um de nós retribua a Jesus este amor, vivendo segundo a Sua vontade e trabalhando com a Igreja pela salvação das almas.
Vários santos veneraram o Coração de Jesus. Santo Agostinho disse: “Vosso Coração, Jesus, foi ferido para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor”. São João Eudes, grande propagador desta devoção no século XVII, escreveu o primeiro ofício litúrgico em honra do Coração de Jesus, cuja festa se celebrou pela primeira vez na França, em 20 de outubro de 1672.
Jesus revelou o desejo da Festa ao seu Sagrado Coração à religiosa Santa Margarida Maria Alacoque, na França, mostrando-lhe o “Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado”. Santa Margarida teve como diretor espiritual o padre jesuíta S. Cláudio de la Colombière, canonizado por São João Paulo II, e que se incumbiu de propagar a grande Festa.
O Papa Clemente XIII aprovou a Missa em honra do Coração de Jesus, e São Pio X, no dia 23 de agosto de 1856, estendeu a Festa para toda a Igreja, a ser celebrada na sexta-feira da semana subsequente à festa de Corpus Christi. O papa Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. O Beato Paulo VI disse certa vez que ela é garantia de crescimento na vida cristã e garantia da salvação eterna.
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus tem a sua origem na própria Sagrada Escritura. O coração é um dos modos para falar do infinito amor de Deus por você. Este amor encontra seu ponto alto com a vinda de Jesus. A devoção ao Sagrado Coração de um modo visível aparece em dois acontecimentos fortes do Evangelho: o gesto de São João, discípulo amado, encostando a sua cabeça em Jesus durante a última ceia (cf. Jo 13,23); e na cruz, onde o soldado abriu o lado de Jesus com uma lança (cf. Jo 19,34). Em um, temos o consolo pela dor da véspera de sua morte, e no outro, o sofrimento causado pelos pecados da humanidade.
O Papa São João Paulo II sempre cultivou esta devoção, e a incentiva a todos que desejam crescer na amizade com Jesus. Em 1980, no dia do Sagrado Coração, afirmou: “Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno do mistério do Coração de Cristo. Quero hoje dirigir juntamente convosco o olhar dos nossos corações para o ministério desse Coração. Ele falou-me desde a minha juventude. Cada ano volto a este mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja”.
Entre as muitas e ricas promessas que Jesus Cristo fez aos que fossem devotos de seu Sagrado Coração, sempre chamou a atenção a que fez aos que comungassem em Sua honra as nove primeiras sextas-feiras do mês seguidos. É tal, que todos a conhecem com o nome da Grande Promessa. Esta devoção, em sua forma atual, deve-se às inspirações de Santa Margarida Maria (1649-1690), sobretudo quando, em 16 de junho de 1657, escreveu sobre o coração de Jesus: “Eis aqui este Coração que amou tanto aos homens que não omitiu nada até esgotar-se e consumir-se para manifestar-lhes Seu amor, e, por todo reconhecimento, não recebe da maior parte mais que ingratidão, desprezo, irreverências e tibieza que tem para mim neste sacramento de amor”.
Jesus deu a sua servidora o encargo de que se tributasse culto a seu Coração e a missão de enriquecer o mundo inteiro com os tesouros desta devoção santificadora. O objeto e fim desta devoção é honrar o Coração adorável de Jesus Cristo, como símbolo do amor de um Deus para nós; e a vista deste Sagrado Coração, abrasado de amor pelos homens, e ao mesmo tempo desprezado por estes, nos deve mover a amá-lo e a reparar a ingratidão de que é objeto.
Nesta tão sublime solenidade do Coração de Jesus, queremos pedir ao Senhor que dê a paz a todos os corações, pois vivemos num momento onde muitos optam pela violência. A violência vai contra os princípios morais e éticos e ainda religiosos. Deus é amor e paz! O nome de Deus é misericórdia! Que possamos ser ministros da misericórdia a exemplo da docilidade do Coração de Jesus! Que o nosso coração possa unir ao Coração Sagrado de Jesus.
Fonte:Noticias Catolicas
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sábado, 21 de maio de 2016


Eu estava me sentindo assim, cansada e estressada de tanto cuidar das minhas filhas. Queria ser a melhor mãe do mundo, achava que podia se dedicar a mim, ao meu trabalho e às minhas filhas sem me cansar, como resultado me tornei extremamente cansada e estressada. Comecei a me indagar se estava sendo uma mãe ruim. E descobri que as coisas não são bem assim. Aqui estão alguns dos motivos pelos quais você não pode se culpar por se sentir assim:

1. A maternidade é uma coisa difícil
Este é o trabalho mais difícil que já tive. É o paraíso e o inferno ao mesmo tempo. Há muita coisa para ser feita, você fica sem nenhum controle sobre a sua agenda, não existe feriados, podem acontecer várias crises emocionais e, principalmente, muitas noites de insônia.
2. Nem sempre estamos preparadas
É como se você tivesse um emprego no qual não tem experiência alguma e precisa fazer tudo certo todos os dias, pois a vida e o bem-estar de alguém dependem de você.
3. Você não precisa fazer tudo sozinha
Hoje em dia criamos nossas crianças da forma que quisermos, mas nas antigas sociedades tradicionais, como em algumas aldeias, toda a comunidade se envolvia no processo. Às vezes me sentia totalmente cansada, tinha orgulho e não queria dar o braço a torcer, mas hoje vejo que é melhor pedir ajuda quando estou me sentindo muito cansada.
4. Sempre nos colocamos em último lugar
Cuidar de si mesma? O que é isso? Eu não perdi de vista as minhas próprias necessidades, elas simplesmente desapareceram da minha consciência. É como se eu seguisse uma receita perfeita para me sobrecarregar. Lembre-se que para conseguir cuidar dos seus filhos, antes de mais nada, precisa cuidar primeiro de si mesma.
5. Temos uma tendência ao negativismo
Como psicóloga, eu já sabia disso, mas me esqueci durante a minha maternidade. No tempo dos homens das cavernas, estávamos o todo tempo preocupados com o leão ou qualquer animal selvagem que poderia nos atacar e vivíamos com essa preocupação. Hoje em dia, na sociedade moderna, estamos seguros, mas o nosso cérebro ainda amplia os problemas mais facilmente do que as coisas que estão dando certo. Dessa forma perdemos as coisas boas da vida, como o sorriso do nosso bebê, a sensação boa de sentir o sol na nossa pele, etc. Temos que aprender a focar nesses momentos felizes para que a balança se equilibre.
6. Nos criticamos demais
Eu colocava muita expectativa em mim mesma e ficava frustrada quando não atingia as minhas metas. Era muito dura comigo mesma, e quando era boazinha, o meu Capitão de Guerra interior ordenava para que eu continuasse rígida. Tirar uma pausa para mim mesma foi uma coisa que desenvolvi aos poucos e que me ajudou muito.
7. Não paramos um minuto
É uma coisa boa se preocupar com os nossos filhos, mas quando esse cuidado é excessivo,isso acaba prejudicando tanto as crianças quanto nós mesmas. Cuidamos tanto deles que nos esquecemos de nós mesmas. Se pegarmos um pouco dessa preocupação e dirigi-la a nós mesmas, nos sentiremos amadas, revitalizadas e poderemos cuidar melhor de nossos filhos.
8. Às vezes perdemos um pouco do que somos
A maternidade consumiu a minha vida. Parei voluntariamente de trabalhar e abracei a maternidade de todo coração. Mas acabei me sentindo perdida profissionalmente, financeiramente e conjugalmente. Sentia que não tinha mais valor para a sociedade, porque só contribuía para a minha família. Levou um certo tempo para recuperar o senso de quem eu era. Sei que às vezes parece impossível fazer qualquer outra coisa além da maternidade, mas é importante continuar fazendo as coisas das quais você gosta e tirar um tempo para você e seu parceiro.
9. Estamos quase sempre esgotadas
Ao longo do tempo, as mães se tornam fisicamente, emocionalmente e mentalmente esgotadas: a força e a vitalidade se esvaem. O Psicólogo Rick Hanson cunhou a expressão “síndrome da mãe esgotada”, ele enfatiza que é extremamente importante que recuperemos as forças para que possamos administrar bem o nosso papel como mãe.
10. Ficamos presas numa espiral de negatividade
A maternidade, na maioria dos casos, traz uma inevitável sensação de cansaço e uma piora na saúde física. Mas sempre há um lado positivo, e somos nós as responsáveis pelo primeiro passo que servirá tanto para o nosso bem, quanto para o bem de nossas crianças. Elas precisam de pais afetuosos e cuidadosos, então é bom que cuidemos de nós mesmas, assim poderemos cuidar ainda melhor delas.
Temos que nos afastar da correria do dia a dia e dessa pressão de fazer tudo na hora, afinal, o que é mais importante, o seu bem estar, ou a sua lista de tarefas? Essa é uma escolha que temos de tomar diariamente. Quando percebi que estava me esforçando demais, que estava exausta demais e que isso não estava fazendo bem nem para mim nem para os meus filhos, procurei por ajuda e aos poucos a alegria foi voltando. Hoje não me sinto mais tão afetada por toda essa pressão que a maternidade traz.

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